Os detergentes industriais, embora possam ser produzidos de diversas formas diferentes, possuem uma característica básica. São formados por moléculas anfipáticas, ou seja, essas moléculas possuem uma cadeia apolar e uma cabeça polar. Isso faz com que o detergente interaja tanto com a gordura (parte apolar) quanto com a água (parte polar). Isso faz deles substâncias tensoativas ou surfactantes. Assim é possível fazer com que a gordura da sujeira seja removida da superfície onde está depositada. A espuma produzida, mantém a sujeira em suspensão e evita que ela volte para a superfície. Um tipo de detergente provém da conversão dos álcoois de C12 a C18 em sais de hidrogenosulfato de alquila. Aqui podemos ver que a longa cadeia alquílica fazem a parte apolar e a e a cabeça polar é o -OSO3-Na+.
Esses detergentes, apesar de grandes aliados na limpeza doméstica e industrial pode ser um grande vilão se liberado no meio ambiente sem prévio tratamento. O detergente entra em corpos d’água pelas tubulações. Isso causa um grande impacto ambiental modificando o pH da água e formando espuma que impede a entrada de oxigênio.
Detergentes Biodegradáveis
Mas até mesmo antes da preocupação com o meio ambiente se tornar parte do nosso dia a dia, foram criados os detergentes biodegradáveis. Eles recebem esse nome por serem passíveis de degradação pelos micro-organismos presentes nas águas. Isso foi conseguido reduzindo a quantidade de fosfato presente no detergente. É importante lembrar que apenas os detergentes em gel, utilizados para lavar louça, são biodegradáveis. Os sabões em pó e em barra permanecem na natureza ainda por um longo período de tempo após serem despejados. Por isso precisam de um prévio tratamento.
Texto: Liziane Gomez / Denise Kobi
Nenhum comentário:
Postar um comentário